sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Paredes


Em meio a estes
Arranha-céus de luzes ofuscantes
Minha mente vagueia
Por entre paredes de tijolos descobertos
Que choram de miséria.

Paredes vizinhas, coladas
Separadas por finas vielas tortas
Cheias de sonhos e fantasias.

Paredes tristes,
Amedrontadas com o terror
Da vida que vivem sem querer.

Com essa vida
Que se leva nestas paredes
Só mesmo mergulhando na cerveja
Com uma única forma de alegria.

O Samba, música esta
Que enche nossa alma
De alegria e esperanças
Fazendo-nos esquecer
Dos prédios lá fora.

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