domingo, 8 de agosto de 2010

SOPRO

Vida é um sopro
Sopro que vai com o vento

Que sopra nas primeiras folhas
Todos os dias.
Que sopra por bala perdida
Por bala encontrada
No corpo, na alma
Alma despedaçada
De quem fica.
O que pra um vale muito
Pra outro
Muito pouco
Triste conclusão
Desta torta evolução.
Ficamos com a pior parte
A saudade
Do sopro que outrora
Soprava em nossa face
Embaraçava nosso cabelo.
Agora que o sopro
Se foi no vento
Ficou a chuva
Que rega esta mesma face
Mas não floresce o sorriso.
Essa chuva só irriga a tristeza
De quem só tem a lembrança
Pois a esperança...
Essa já foi, com a bala, perdida.

Um comentário:

  1. Adalberto Caldas é um poeta jovem, com idéias livres, palavras doces de um coração puro e apaixonado. O título do seu livro já sugere uma viagem ao mundo literário de uma forma pueril e imaginando uma fonte inesgotável de emoção e sensibilidade: Brincando de Poesia. Um homem sensível, romântico e cheio de inspiração. Suas palavras são um sopro de canção para nossos ouvidos. E para ele faço uma homenagem em meu trabalho do personagem Macaxeira: " Olha, quem eu vejo, que surpresa! Toda vez que leio seus poemas fico com a boca cheia d'água de vontade comer um pudim ou tomar um sorvete: Adalberto Caldas. Seus poemas são doces e românticos." Uma pessoa muito especial que já faz parte da constelação de grandes poetas. Parabéns!

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