quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Coreanos (Homenagem aos trens cariocas)


Só um som na mente
Em meio a tanta gente
Pareço um demente
Um dormente
Por onde passam tantas vidas
Olhando através de uma janela lacrada
Fechada pro mundo
Que ma abraça
E me escorraça
Evolução gelada
Mas vou sentir falta
Do Jesus te ama
Do Nakayama
Da Coca, da água, da bananada
Do amendoim de vinte e cinco
Da balinha do menino
Do acordeom de uma nota só
Da minha peça de dominó
E do balanço que embala
O sono de quem duro trabalha
E do calor que molha
E faz brilhar os rostos cansados
Dessa gente que luta, labuta
Gente que sofre
Mas que se alegra no batuque
Do Samba que pega carona
Dono da festa, milagreiro
Que torna melhor a vida
De um em cada um brasileiro.

Óz



A maldade
Domina a humanidade
Desde a antiguidade
Torturava-se com criatividade
Matava-se com facilidade.
Anos hão passado
E o que há mudado?
Tivemos a esperança
Mas ela se foi ao terceiro dia
E sua mensagem está perdida.
Seus mensageiros se perderam admirados
Com a estrada de tijolos dourados
E não conseguem mais vislumbrar
O verdadeiro mundo de Óz
Onde os leões falam
As latas andam
E os corações amam.